Lendas de uma Gordinha e o seu Eu-lírico
Por Gabi Borba
sábado, 21 de julho de 2012
1 ano #12após20 nº1
Para matar a sede de vocês das minhas lendas montei um novo blog, nele vou contar como anda minha vida pós cirurgia.
Afim de saber mais?
Então se liga no link; Lendas de uma ex-Gordinha, toda semana vai ter postagem nova e em breve uma fan page no facebook. Enquanto a fan page não vem, follow-me on twitter @_gabiborba!
sábado, 13 de agosto de 2011
#12após20 nº 1 - Primeiro mês após a cirurgia
Antes (12/07/2011) |
O DIA DA CIRURGIA
OS 15 DIAS APÓS A CIRURGIA
AS PEQUENAS VITÓRIAS
1 mês depois (13/08/2011) |
sexta-feira, 10 de junho de 2011
#12para20 nº 11 - Após 6 meses de silêncio
Primeiro vou explicar como, para mim, terminou o projeto junto com a ESEF-UPE. Poucos dias após escrever o #12para20 nº 10 – E você, casaria? decidi antecipar o termino do projeto pessoal que eu tinha (#12para20) que eu executava em parceria com a ESEF-UPE, porque eu colocava em prática todas as orientações médicas (alimentares e fisicas) e não consegui ter um retorno significativo do meu organismo, pois perdi apneas 1 kg enquanto estava na UPE. Os treino na UPE era intensos e mesmo eu me esforçando pra conciliar com a faculdade, comecei a sentir dificuldade em dar conta de tudo. Com os treinos pesados adquiri dores nos joelhos e quadril, devido ao meu peso assimilado a intensidade das corridas. No dia 29 de dezembro desloquei joelho dançando numa festa e passei 15 dias com a perna engessada.Com minha desistência no projeto da UPE estava quase decidida a desistir de escrever sobre o assunto #PlusSize, também não obtive retorno no concurso cultural sobre o book profissional para modelo plus size. Tudo isso me motivou a passar 6 meses em silêncio.
sexta-feira, 5 de novembro de 2010
#12para20 nº 10 – E você, casaria?
Um estudo realizado pelo Hospital do Coração em São Paulo (Hcor) nas cidades de São Paulo e Rio de Janeiro com 600 pessoas mostrou que 81% dos entrevistados afirmam que a obesidade interfere na ascensão profissional e 78% acreditam que o excesso de peso dificulta o casamento.
Desenvolvida pelo HCor em parceria com o Instituto de Metabolismo e Nutrição (IMeN), a pesquisa, realizada em abril deste ano, avaliou a opinião de pessoas entre 18 e 60 anos sobre o perfil do obeso no Brasil. No levantamento, foram analisados classe social, estado civil, nível de instrução, sexo e faixa etária dos entrevistados.
Dos 600 entrevistados, 81% acreditam que o excesso de peso interfere no sucesso profissional. De acordo com o levantamento, a opinião é mais significativa na classe C (83%). Já na classe B, 80% afirmam tal situação, contra 60% na classe A. Essa porcentagem é relativa ao número de pessoas que representam cada classe social dentro da pesquisa.
De acordo com o coordenador da pesquisa, o médico Daniel Magnoni, outro fator preponderante identificado pelo estudo é a opinião dos entrevistados sobre o casamento com um obeso. Entre os entrevistados, 78% acreditam que o excesso de peso interfere nas relações matrimoniais.
A pesquisa apontou que 50% das pessoas entrevistadas não se casariam com um obeso. Já 54% dos entrevistados do sexo masculino afirmaram não ter interesse em construir uma relação matrimonial com pessoas acima do peso, enquanto para o sexo feminino essa conclusão é um pouco menor (em torno de 46%). No que diz respeito às classes sociais o número é maior, pois 66% da classe A não assumiriam a união, contra 44% da classe B e 51% da classe C.
Além das barreiras físicas que comprometem ações sociais, profissionais e afetivas dos obesos existem aquelas ligadas à mobilidade e locomoção, como é o caso da escolha de um transporte público que atenda às necessidades dessa população, de roteiros de viagens e prática de atividades físicas diferenciadas para pessoas com excesso de peso.
Já sobre tratamento e prevenção, os métodos convencionais mais utilizados e conhecidos pela população em geral foram os mais identificados pela amostra da pesquisa. Como melhor forma de conhecer e buscar tratamento para a obesidade, 40% dos entrevistados afirmaram obter informações por meio de nutricionistas. Médicos somaram 31% e os veículos de comunicação, 24%. Para perder peso, o exercício físico saiu na frente, com 58%, contra 41% de tratamentos a base de dieta, medicação e cirurgias.
Entre os alimentos mais citados relacionados à obesidade apareceram as frituras com 33%, massas, pães e bolos com 27% e o açúcar com 23%.
( Retirado do Yahoo! Notícias )
Do “suposto” papel de vítima muitas vezes criamos tanta pena de nós mesmos que chegamos ao ponto de discriminar nossos semelhantes. É o velho ditado popular “Faça o que eu digo, mas não o que eu faço!”. Se vocês querem ser notados(as) pelo seu interior, se querem que o Bullying, o preconceito e a discriminação por não apresentar uma “imagem saudável” termine, você deve começar a modificar suas atitudes também, por que só reclamar dos outros não vai te levar a canto nenhum. Noel Gallagher, vocalista de Oasis, uma vez disse “So I start a revolution from my bed” (“Então eu começo uma revolução a partir da minha cama”), e é isso que eu sugiro. Se você quer mudar o mundo, mude o SEU mundo, sua forma de pensar e agir, para que suas atitudes sirvam de exemplo para os outros.
sexta-feira, 29 de outubro de 2010
#12para20 nº 9 – O Rodeio de Gordas
A imagem da divulgação é essa. Não tenho palavras para expressar a minha repugnância por este ato sádico e humilhante que as garotas da UNESP foram obrigadas a passar.
Explicando melhor o que é o “Rodeio das Gordas”, durante os jogos universitários da UNESP as jovens eram abordadas por garotos que demonstravam um tipo de interesse como no início de uma “paquera”, de repente as vítimas eram atacadas, agarradas e “montadas”, enquanto isso o grupo de amigos do agressor cronometrava o tempo em que o rapaz ficava “montado” na gordinha, quem passou mais tempo “montado na gorda” ganha prêmios (provavelmente o prêmio de “Minha Mãe me Ignorou na Infância”).
Vasculhando na internet achei um site de vendas de camisetas que faz parceria com a molecagem dos rapazes da UNESP “Camisas do vaqueiro T da paródia para vaqueiros grandes. Estas camisas engraçadas do vaqueiro T do rodeio da paródia igualmente caracterizam um anti tema gordo das mulheres. O humor sexual nestas camisas grandes do galo T é limitado para ofender geralmente raparigas gordas, meninas gordas e pássaros gordos. Se você quer um anti presente gordo engraçado para seu amigo grande do vaqueiro este Natal estes são eles. R$35,60 por camiseta”
Acho que com isso vocês podem entender o motivo da minha revolta. Nesse momento eu pergunto aonde foi parar o ato de respeito? E não consigo receber uma resposta digna para minha pergunta.
Poucos meses se passaram desde a balburdia criada na UNIBAN por causa do micro vestido rosa-choque que Geyse Arruda vestiu para ir à universidade e essa semana nos encontramos com uma situação de um nível semelhante ou pior. Vou parar de citar casos aqui, pois em minha mente só consigo ligar os estudantes universitários aos atos de sadismo, desrespeito e humilhação alheia.
Vocês hão de concordar comigo que o bullying sofrido é de uma gravidade sem tamanho, mas o que assusta mais é saber que os indivíduos que participaram do movimento com o sub-título de “brincadeira” eram integrantes do sistema de ensino superior. Graduandos, futuros mestres, doutores e pós-doutores, sem escrúpulos ou caráter essas pessoas, junto comigo e com outros que se opõem as tais barbáries, farão parte da Sociedade Acadêmica Brasileira.
Agora, como futura historiadora e aspirante a jornalista, sinto nojo do que se tornou o sinônimo dos alunos de ensino superior. Antes se tinha orgulho em fazer parte de um grupo que ia as ruas lutar pelos direitos do povo, de um grupo que tinha toda uma bagagem de movimentos em prol de um bem maior, me envergonho em saber que a noção do certo/errado dos universitários brasileiros decaiu. O que antes era para um bem maior, agora é para a diversão de poucos. Diversão essa às custas de um grupo restrito, sempre. Quando não é por serem calouros, é por causa de sua etnia ou por causa de determinado modo de vestir-se e agora por causa do seu peso.