As coisas saíram um pouco do meu controle, durante dois anos não sabia direito explicar onde o “eu verdadeiro” foi parar. Nada de psicoses ou coisas do gênero, eu só dei um tempo pra mim, saber quem realmente eu era passou a ser prioridade na minha lista de afazeres.
O sorriso tornou-se ausente nas fotos, os textos subliminarmente deprimidos e eu sem rumo não sabia mais onde me encontrar. As saídas com os amigos eram torturas das mais cruéis, ir a ambientes em que você quer, mas definitivamente não está.
A mesmice da vida terrena e carnal vai tomando conta dos seus dias, até que o tédio se instala. Afinal o que fazer para mudar isso? Só quem pode responder é quem já sentiu a sensação de derrota, lutar para retomar sua vida regrada e responsável é difícil, entretanto não é impossível.
Cheguei a pensar que tinha batido com a cara no fundo do poço, o que era meu motivo de orgulho, passou a ser repugnante. Sempre tida como aluna exemplar, durante muitos anos obtive o sucesso de estar entre os dez primeiros colocados da minha turma, elogiada pelos coordenadores, querida pelos professores e dedicada aos amigos, essa era eu.
O “eu” se tornou alguém irreconhecível, não para os que olhavam profundamente, mas para os que tinham uma visão superficial. Esqueci meus princípios, meus valores e passei a achar “bonitinho” a irresponsabilidade dos meus “colegas”.
O início de mais uma jornada, o complemento de um trabalho, uma rede de ideais, um jogo de princípios com um propósito responsável. Esse fim de semana eu encontrei o meu “eu verdadeiro” e não vou deixá-lo escapar.
P.S. devido as altas notas de jornalismo, levei ponto de corte na UFPE e fiquei para o remanejamento em gastronomia na UFRPE, então nós vamos estudar esse ano, para receber as glórias da batalha. =D
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