Por Herbert Bastos
Estar dentro dos padrões de beleza exigidos atualmente não é uma tarefa fácil: ter barriga tanquinho; corpo escultural; glúteos durinhos; bíceps e tríceps delineados é o que se espera das pessoas que vivem na pós-contemporaneidade. Além de todas essas exigências: é preciso ter um emprego legal, um cargo de destaque; a vida pessoal bem equilibrada, e no caso de homens, uma namorada magra , bem sarada, mesmo que o cara não ligue muito para essa atual tendência.
Estar dentro dos padrões de beleza exigidos atualmente não é uma tarefa fácil: ter barriga tanquinho; corpo escultural; glúteos durinhos; bíceps e tríceps delineados é o que se espera das pessoas que vivem na pós-contemporaneidade. Além de todas essas exigências: é preciso ter um emprego legal, um cargo de destaque; a vida pessoal bem equilibrada, e no caso de homens, uma namorada magra , bem sarada, mesmo que o cara não ligue muito para essa atual tendência.
Mas se um homem que atende as exigências acima resolve namorar uma mulher GORDA? Quais serão as conseqüências que irá enfrentar perante os amigos de trabalho, por exemplo? Esse é o ponto principal da dramaturgia do espetáculo GORDA, protagonizado pela atriz Fabiana Karla. A peça mostra claramente como o preconceito fala mais alto na hora de se assumir um relacionamento amoroso com uma mulher que não esteja dentro dos padrões estéticos ditos corretos: magra e siliconada.
A dramaturgia de Neil Labute sutilmente aborda o estereotipo da vida de um casal “Gorda e Magro” para tocar em assuntos que precisam ser discutidos sempre: o amor pode vencer todas as barreiras, mesmo a do preconceito? Por que é muito mais permissível para um homem gordo namorar uma mulher magra do que uma gorda namorar um magro? Sem querer ser a Marcia Tiburi, mas: “Até nisso a mulher fica em desvantagem em relação ao homem?” No caso específico do espetáculo a questão está relacionada com três dígitos na balança. Mas em outros casos, como por exemplo, o preconceito de cor, ele também pode ser vencido pelo amor?
Embora sejamos todos miscigenados, o Brasil é um pais racista, e o brasileiro é um povo que não se revela...Mas isso a gente discute num outro momento...Ainda sobre Gorda, o espetáculo consegue sensibilizar os espectadores com o desenrolar da história, pela maneira como ela é contada e pela delicadeza como é encenado o fim do relacionamento que tem o preconceito como pivô da separação. O espetáculo permanece em cartaz até 28 de fevereiro no Teatro das Artes, Shopping da Gávea, Rio de Janeiro. A montagem brasileira da peça desse autor nova-iorquino tem direção de Daniel Veronese, que brilhantemente deu direção ao texto de desmistificou a imagem de comediante qual Fabiana Karla possui.
Fica claro que essa crítica não é minha, mas aproveitei para divulgar a peça que vai ser realizada no teatro da UFPE nos dias 28 e 29 de agosto. E sim eu estarei lá, é sempre bom ter mais informações para me ajudar a escrever. ~:)
HORÁRIO:
Dia 28.08 - Às 21:00 hrs
Dia 29.08 - Às 20:00 hrs
INGRESSOS:
Inteira R$ 60,00 Meia entrada R$ 30,00
VENDAS:
Livraria Saraiva (Shopping Recife) e bilheteria do teatro.
Mais sobre mim? Se liga aqui ao lado eu deixei os links das redes sociais das quais eu faço parte, espia!
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