O desafio de ser um adulto saudável, com o coração em ordem, começa cedo. É na infância, na adolescência. Um estudo está sendo feito na Universidade de Pernambuco para ajudar quem quer perder peso e identificar o efeito dos exercícios físicos no corpo dos adolescentes. Jovens, entre 12 e 19 anos, se inscreveram como voluntários desse trabalho.
Durante seis meses os 40 adolescentes serão acompanhados por médicos, psicólogos, nutricionistas e professores de educação física. Vão passar por uma bateria de exames. “Nessa colheita de sangue se avalia a carga do exercício e como esse individuo responde”, disse o médico Moacir Novaes (foto 2).
Na primeira aula de nutrição, uma conversa sobre os objetivos dos encontros. “A gente vai dar informações de alimentação saudáveis. No final de 12 semanas, analisar alguma mudança positiva”, contou a nutricionista da UPE, Roberta Costa (foto 3).
Augusto da Fonseca Costa, 14 anos, confessou um hábito não muito saudável. “Tomo muito refrigerante, principalmente quando como biscoito”.
Um dos objetivos da orientação psicológica é fazer com que os adolescentes não transfiram as emoções para a comida. Ou seja, evitar que o alimento sirva apenas para compensar momentos de tristeza ou ansiedade.
Na orientação de atividades físicas, eles serão divididos em dois grupos: um deles vai treinar em alta intensidade, para atingir até 170 batimentos cardíacos por minuto. Outro grupo vai treinar em baixa intensidade, para chegar a 120 batimentos por minuto.
“Quando falamos de exercício planejado, queremos ver a eficácia. Pode ser que eu não goste, mas que seja o melhor. Vamos ver para cada um desses adolescentes o que é o mais recomendado”, explicou o coordenador do projeto, Wagner Prado (foto 4).
Depois de tentar várias dietas por conta própria, a estudante Dayane de Souza (foto 5) espera bons resultados no acompanhamento multidisciplinar. “Espero perder 30 quilos. Vou continuar mesmo quando acabar”, afirmou.
Para cuidar da saúde, e evitar a obesidade na infância, é preciso ter alguns cuidados. “O ideal seria uma prevenção, desde criança. A introdução dos novos alimentos de forma adequada. A obesidade está associada a vários fatores de risco, como problemas de coluna, baixa auto-estima no adolescente. Os pais obesos devem ter cuidado porque a predisposição genética já é alarmante”, disse a médica do Imip, Fernanda Montenegro (foto 6). A médica contou que desde a década de 1980 o número de crianças e adolescentes obesos vem aumentando. “É como se fosse uma epidemia da obesidade. Ela está relacionada com o hábito de vida inadequado, sedentarismo. Também há a questão genética”, finalizou.
[ Este texto foi retirado daqui ]
Compartilho com vocês a reportagem que foi ao ar no dia 04/10/10 pelo NETV, acima reproduzi a matéria que foi publicada no site da emissora.
Nenhum comentário:
Postar um comentário